Ginástica
A ginástica de modo
geral, é vista como um desporto, composto de elementos de difícil execução, com
finalidades de competição ou de demonstração.
Mas além de
difícil, podemos afirmar, que esta atividade é muito bonita e harmoniosa.
Estre desporto é leccionado nas escolas com o objectivo de trabalhar a
elasticidade, harmonia e equilíbrio dos alunos.
Rolamento à frente
Posição inicial: pés juntos,
joelhos fletidos e unidos, tronco ligeiramente inclinado à frente, ventre
encolhido, queixo junto ao peito, braços estendidos e no prolongamento do
tronco.
Execução técnica: através de um
impulso das pernas e sem baixar os braços, apoia as mãos no solo à largura dos
ombros e com dedos orientados para a frente. Os pés abandonam o solo após a uma
ligeira impulsão ao mesmo tempo que se eleva a bacia. Assim que as mãos tocam
no solo, o atleta flecte os cotovelos sem os afastar, apoia a nuca no solo e
através de repulsão dos membros superiores “rola” sobre si próprio, mantendo a
cabeça em flexão e o corpo engrupado. Projectar os ombros e os braços
estendidos para a frente de forma a voltar à posição inicial.
Erros a evitar:
·
Colocação da testa no solo no início
do rolamento;
·
Colocação das mãos muito perto dos
pés;
·
Não impulsionar os membros inferiores;
·
Elevação insuficiente da bacia;
·
Colocar os pés muito longe das nádegas
no final do rolamento;
·
Elevar-se com a ajuda das mãos;
·
Extensão da nuca;
·
Afastar os cotovelos.
Ajudas:
·
Colocação de uma mão na coxa e outra
nas costas ou na nuca;
·
Segurar as mãos na fase de elevação.
Rolamento à frente com membros inferiores
afastados
Execução técnica:
·
Mãos no solo à largura dos ombros e
viradas para a frente;
·
Forte impulsão de membros inferiores;
·
Apoio das mãos longe do apoio dos pés;
·
Membros inferiores estendidos
afastam-se só no final do enrolamento;
·
Boa flexão de tronco à frente para
permitir a repulsão de M.S efectuada “por dentro” dos M.I afastados.
Erros a evitar:
·
Má colocação e orientação das mãos no
solo;
·
Fraca impulsão dos membros inferiores
(MI);
·
Enrolamento deficiente;
·
Não fechar bem o tronco sobre os MI o
que dificulta a manutenção da velocidade de execução e a aquisição da posição
de pé;
·
Abrir os MI demasiado cedo.
Ajudas:
·
Se o aluno estiver numa fase atrasada
da aprendizagem, deverá ser ajudado por trás, na zona lombar ou nadegueiros;
·
Se o aluno estiver numa fase já um
pouco adiantada, poderá ser ajudado de frente sendo puxado pelos MS junto aos
ombros.
Rolamento à retaguarda
Posição
inicial: pés juntos, joelhos flectidos e unidos, tronco
ligeiramente inclinado atrás, ventre encolhido, queixo junto ao peito, braços
junto ao corpo com as palmas das mãos viradas para cima e as costas das mãos
apoiadas perto dos ombros.
Execução técnica:
através de um ligeiro desequilíbrio, apoiar a parte posterior das costas até
chegar à nuca. Os pés abandonam o solo após a uma ligeira impulsão ao mesmo
tempo que se eleva a bacia. Assim que as mãos tocam no
solo, o atleta flete os cotovelos sem os afastar, apoia a nuca no solo e
através de repulsão dos MS “rola”, mantendo a cabeça em flexão e o corpo
engrupado. Projectar os ombros e os braços estendidos para a frente de forma a
voltar à posição inicial.
Erros a evitar:
· Colocação
das mãos muito perto dos pés;
· Não
impulsionar os membros inferiores;
· Não
repelir com os membros superiores;
· Elevação
insuficiente da bacia;
· Colocar
os pés muito longe das nádegas no final do rolamento;
· Elevar-se
com a ajuda das mãos;
· Flectir
muito depressa as mãos;
· Extensão
da nuca;
· Afastar
os cotovelos.
Ajudas:
Coloca-se uma mão
junto à nuca e a outra nas suas costas.
Nota: O ajudante deve estar de joelhos face ao
executante.
Rolamento à retaguarda com membros
inferiores afastados
Execução
técnica:
·
Flexão do tronco sobre os M.I. e o
queixo sobre o tronco;
·
Mãos apoiadas no solo à largura dos
ombros e viradas para a frente;
·
Manutenção do corpo bem fechado sobre
si próprio durante o enrolamento;
·
Repulsão efectiva das mãos no solo de
forma a passar a cabeça sem bater.
Erros a evitar:
·
Não fechar completamente o tronco
sobre os membros inferiores;
·
Não juntar o queixo ao peito;
·
Não “empurrar” com força suficiente o
solo;
·
Fraca impulsão.
Ajudas:
·
Colocação das mãos nas costas (zona
lombar) do aluno e a posteriormente na anca.
Apoio
facial invertido
Posição inicial: um pé ligeiramente
à frente do outro, membros inferiores em extensão, tronco direito e membros
superiores em extensão no prolongamento do tronco.
Execução técnica: o aluno faz um
grande afundo à frente, tronco no prolongamento da perna de trás, braços
estendidos, palmas das mãos voltados para o solo. Com o olhar dirigido para as
mãos coloca-as no solo longe e à frente do corpo, sem fechar o ângulo
braço/tronco, realizando simultaneamente um longo impulso continuo com a perna
da frente. As mãos são colocadas à largura dos ombros com os dedos bem
afastados e voltados para fora. Hiperextensão dos membros superiores,
alinhamento dos segmentos corporais com extensão máxima do corpo.
A subida por apoio facial invertido é
facilitada por:
·
Numa primeira fase, colocação do
tronco numa posição próxima da vertical;
·
O avanço dos ombros um pouco à frente
da vertical das mãos, sem flexão da cabeça;
·
A extensão completa e permanente dos membros
superiores para atenuar a insuficiência dos músculos extensores dos braços nos
jovens.
Erros a evitar:
·
Flectir os cotovelos;
·
Aproximar o queixo do peito (flexão da
cabeça) ao afastá-la exageradamente (hiperextensão da cabeça);
·
Colocar as mãos muito ou pouco
afastadas;
·
Pouca tonicidade;
·
Avanço dos ombros;
·
Impulsionar as pernas com violência
(ou insuficientemente).
Ajudas:
·
O ajudante coloca ambas as mãos nas
coxas do executante, perto da bacia.
·
O ajudante agarra a perna de impulsão
e controla o colega.
Roda
Realização da técnica:
·
Dar início ao movimento com um pé à
frente do outro;
·
Avanço de um dos M.I. e afundo
lateral;
·
Balanço enérgico do M.I de trás que se
encontra em extensão;
·
Apoio alternado das mãos na linha do
movimento;
·
Impulsão da perna de chamada (perna da
frente);
·
M.S. e tronco alinhados na vertical dos
apoios;
·
Na trajectória aérea, os M.I. realizam
o máximo afastamento possível e em extensão completa;
·
No contacto ao solo o apoio dos pés é
alternado na linha do movimento.
Ajudas:
·
A mão mais próxima do ajudante
coloca-se na anca mais próxima do executante e a outra é depois colocada na
outra anca, quando executante atinge a vertical dos apoios. Deve-se sempre
acompanhar o executante até ao final do movimento.
Posição de equilíbrio (Avião)
Componentes críticas:
·
Tronco paralelo ao solo;
·
M.S. em extensão, no prolongamento do
tronco;
·
M.I. em elevação, paralela ao solo e
no prolongamento do tronco;
·
M.I. de apoio em extensão;
·
Olhar dirigido para a frente.
Ajudas:
·
Mão na perna livre, exercer força para
cima, para ajudar a sua elevação até a posição correcta.
Posição de Flexibilidade – Ponte
Como fazer:
·
Extensão dos MS;
·
Extensão dos MI;
·
Cabeça acompanha o movimento de
extensão da coluna.
Ajudas:
·
Mãos nos ombros do executante
exercendo uma força para cima. O executante segura os tornozelos do
companheiro, para ajudar a extensão dos membros superiores e inferiores.
·
Mãos nos ombros e na cintura do
executante, para ajudar a colocação dos membros superiores no solo e a extensão
dos membros superiores e inferiores.
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